Conteúdo principal

Estudantes dos colégios estaduais Reverendo Hugh Clarence Tucker e Leopoldina da Silveira participam do Programa Conhecendo a SJRJ

estudantes e professores de várias etnias em pé, lado a lado, nas escadarias do CCJF
A última etapa do evento foi a visita ao CCJF
homem branco de terno cinza fala para plateia de estudantes sentados
O diretor do Foro da JFRJ, juiz federal Eduardo André Fernandes, participou do evento
homem branco de terno azul fala para plateia de estudantes sentados
O juiz federal Adriano Saldanha ministrou palestra para os estudantes
homens e mulheres brancas sentados lado a lado em bancada
A programação incluiu a simulação de uma audiência

Com o auditório do Fórum da Av. Rio Branco lotado de adolescentes extrovertidos e interessados em vários temas ligados ao Direito, foi realizada - na tarde da sexta-feira, 22/9 -  uma nova edição do Programa Conhecendo a SJRJ. Participaram estudantes do ensino médio matriculados nos colégios estaduais Reverendo Hugh Clarence Tucker, que fica na região da Gamboa, e Leopoldina da Silveira, localizado em Bangu, acompanhados de alguns professores.  

Além da equipe da Seção de Relações Públicas, organizadora do encontro, também estiveram presentes o diretor do Foro, juiz federal Eduardo André Fernandes e o juiz federal Adriano Saldanha Gomes de Oliveira, titular da 28ª VFRJ, que ministrou palestra aos alunos. 

Na abertura do evento, a assessora de Comunicação Social da JFRJ, Iris de Faria, explicou detalhes sobre a estrutura dos Poderes da República, com ênfase no Poder Judiciário. Os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre o funcionamento da Justiça Federal, com exemplos de casos do cotidiano que se transformaram em processos judiciais. Foram mostradas, ainda, ações afirmativas adotadas pelo Judiciário, como a política de cotas para estágio do TRF2, a disponibilização pela biblioteca de acervo de livros sobre igualdade de gênero e enfrentamento ao racismo e, no caso específico da JFRJ, a atuação do Comitê Permanente de Equidade Racial e de Gênero.

Em seguida, dr. Adriano Saldanha fez algumas ponderações sobre o papel do Judiciário. "O Direito é relativamente democrático. Cabe à Justiça resolver os conflitos por meio da negociação de forma neutra e imparcial. Para isso, é fundamental ao juiz uma característica: saber ouvir", disse. O magistrado respondeu, também, a dúvidas sobre legítima defesa, defensoria pública, temas das áreas cível e penal, além de questões relacionadas à carreira do Direito e à sua própria trajetória profissional. "Aproveitem o tempo de vocês e tenham um comportamento ativo na hora de tomar decisões e fazer escolhas. Lembrem-se de que o concurso é uma chance para todos e que vocês também são capazes de ingressar na carreira pública se quiserem. Seja qual for a área de atuação escolhida, exerçam essa atividade com amor", aconselhou. 

Dando sequência ao evento, o diretor do Foro, dr. Eduardo André Fernandes afirmou ser "um grande exercício de cidadania trazer estudantes para conhecer, entender o funcionamento e ter noção da importância da Justiça Federal como meio de atender à população", afirmou. 

Finalizando a primeira parte do encontro, a estagiária da JFRJ e aluna do Pedro II, Alexia Braga, falou aos colegas estudantes sobre a importância do estágio em sua vida. "Aprendi a conciliar estudo e trabalho. O estágio me ajudou a administrar melhor meu tempo e as horas livres. É um privilégio estagiar aqui, um ensaio para o mercado de trabalho, estou aprendendo a lidar com pessoas e novos ambientes", disse. 

 

Simulação de audiência

Ponto alto das edições do “Conhecendo a SJRJ”, a simulação da audiência é bastante aguardada pelos alunos, momento em que conhecem e participam das etapas que compõem um julgamento. Conduzida por dr. Adriano Saldanha, a simulação foi inspirada em um caso real de tráfico internacional de drogas, com o uso de nomes fictícios. Ao final, o juiz delegou aos alunos a decisão sobre o veredito, gerando debates e troca de ideias entre os presentes.   

Após o lanche, os estudantes foram convidados a conhecer o Centro Cultural Justiça Federal, onde foram recebidos pela servidora Andréa Garcia, do setor Educativo do CCJF, que explicou um pouco sobra a história e o estilo arquitetônico do prédio que já foi sede do Supremo Tribunal Federal. Após a mudança do STF para Brasília, o edifício foi ocupado por varas federais e de fazenda pública e, desde 2001, abriga o primeiro centro cultural do Poder Judiciário.

A iniciativa completou 15 anos em 2022 e é destinada, prioritariamente, a estudantes de nível médio de escolas públicas, mas qualquer escola pode participar, bastando, para isso, encaminhar um e-mail para relacoespublicas@jfrj.jus.br, ou ligar para (21)3218-9736.