Conteúdo principal

O ASSÉDIO MORAL COMO COROLÁRIO DOS SISTEMAS FORDISTA/TAYOLORISTA E TOYOTISTA E OS DANOS À SAÚDE MENTAL DO TRABALHADOR

A globalização e o neoliberalismo ensejaram a reestruturação produtiva, com consequências em todo o mundo. O “produtivismo”, fundado nos modos de produção taylorista/fordista e toyotista, trouxe novas formas para a gestão de recursos humanos, traduzidas em uma série de exigências, como por exemplo, intensas cobranças por resultados e maior controle do tempo, que promovem radical mudança no ambiente de trabalho. Essas alterações tornam o ambiente de trabalho hostil, desumano e, portanto, qualitativamente desequilibrado, o que afeta abruptamente a saúde mental do trabalhador – visto que o trabalho tem dimensão expressiva em sua vida, na qual se desenvolvem suas relações interpessoais e sociais. Portanto, a qualidade de vida do trabalhador dependerá imediatamente da qualidade do ambiente de trabalho. Nesse ambiente, marcado também pela despersonalização do trabalhador, tratado como objeto de produção, desenvolve-se o assédio moral: um processo de violência psicológica extremado contra o trabalhador, causando-lhe uma série de danos à saúde.

Autoria: 
Paula Ariane Freire
Páginas: 
377-394
Texto Completo: